sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Amor Requentado

Trilha sonora para essa leitura: http://www.youtube.com/watch?v=2Nf0u41FApo

Um dia eu te amei. Um dia não, desculpa! Eu te amei por um tempo vai... Não sei exatamente quanto durou, mas durou o suficiente para que você ficasse tatuado na minha alma. Clichê? Acho que sim. Talvez, um pouco, muito, com certeza.

Ai! Desde você eu tô assim. Não uso as palavras direito, meu pensamento dá nós que eu não sei soltar e meu coração mudou de endereço.

Eu te amo. Não, não, eu NÃO te amo! Eu te AMEI! Ouviu? A-M-E-I! Passado de amar! Nada de vir com coisa de querer requentar amor. Nada requentado é gostoso! Ah não ser pizza e risoto... Feijoada de dia seguinte é uma coisa maravilhosa também... OK, talvez algumas coisas requentadas sejam boas, mas amor não! Amor requentado embola no fundo da panela, sabe? Daí, quando você mastiga o embolado gruda no dente e não sai nunca mais! Odeio coisas grudadas no meu dente!

Você ficou ai, com essa cara de quem não quer despedida e nem começar de novo. Você me amou. Você me amou muito. Você me amou mais que eu te amei, eu sei. Me desculpa por isso. Talvez o anel fosse grande demais pro meu dedo, tipo sapato que você quer muito comprar mas não fica bem no seu pé, sabe? Me desculpa por ter um dedo fino e um medo muito grande.

E eu? eu sigo cantando feito cigarra em dia de pouca chuva...