quarta-feira, 16 de julho de 2014

Insuficiências


Sabe, eu sofro de insuficiências! Há muito tempo...

Eu sou feliz! Mas tem uma hora que eu quero ser mais feliz! E daí, eu preciso ir embora ou mudar ou jogar fora ou cantar ou correr ou fazer tudo isso.

Sabe, eu amo o mundo! E ficar num mesmo lugar muito tempo, pelo menos agora, não me sacia, não me satisfaz... Eu quero abraçar o mundo. Com as pernas, com os braços, com a boca... Eu quero o mundo todo pra mim. Minha mãe, ela sempre me disse que eu não podia abraçar o mundo com as pernas, mas andando pelo mundo eu descobri que eu posso sim! É mãe, desculpa te dizer isso, mas você está errada. Eu posso abraçar o mundo sim, e do jeito que eu quiser! E quem me disse isso foi o próprio mundo, não é fofoca e nem história da caroxinha!

Eu digo adeus agora, pro meu porto seguro, pra minha cidade, pras minhas raízes... Resolvi me transplantar para um vaso, assim eu posso ir para onde eu quiser! Eu te amo minha Brasília, mas você me deixou antes deu ir. Há muito tempo a gente já não se dá bem. Nosso amor não acabou, só mudou de cor. A terra do vasinho que hoje me guarda é do teu solo, vermelha de amor, seca de cerrado e rica em ferro para que minha árvore cresça com casca grossa, resistente e que sobreviva tranquilamente à épocas de seca.
Frequentemente minha mente viajará em suas largas ruas com falta de esquina, descansará nas sombras de suas tantas árvores e se refrescará no teu lago. Meu corpo já nem tanto te visitará, mas em algumas vezes estará presente.

Aos meus amigos, eu deixo meu amor, gratidão e perseverança! O mundo me contou também, que ele sempre dá um jeito de juntar as pessoas que se amam, que se querem bem... Ele facilita mesmo, tipo em 10x sem juros!  E eu espero encontrá-los e amá-los e cuidá-los sempre!
Meu coração é de vocês, sempre!

"Não aprendi a dizer adeus,
Mas tenho que aceitar
Que amores vem e vão,
São aves de verão.
Se tens que me deixar,
Que seja então feliz."

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Frio na alma.


Hoje meu peito tem o peso de mil bigornas.
Tenho tempo para tudo e ao mesmo tempo, não tenho tempo.
Não sei quais são meus objetivos, não sei o que amo mais.
Tenho mil bigornas no peito e mil problemas na cabeça.
Minha respiração é pesada e dói.
Nunca achei que respirar um dia fosse doer.
Todas as vezes que pisco penso que talvez não devesse estar onde estou, fazer o que faço.
Difícil  ter o mundo nas mãos e não saber o que quer.
Difícil mesmo é sentir frio na alma.
Difícil quando a cabeça pesa, os olho fecham mas o corpo não descansa.
Difícil mesmo é coração cansado.

Hoje meu peito tem o peso de mil bigornas e eu não sei como emagrece-lo.